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Open Banking é um conceito desenvolvido pelo Bacen que visa o compartilhamento de informações de pessoas físicas ou jurídicas entre os bancos, com o consentimento do correntista.

Mas acompanhar todas as fases e atualizações divulgadas pelo Bacen pode ser um tanto quanto difícil, por este motivo reunimos todas as informações divulgadas e atualizadas até o momento. Continue a leitura e saiba como o Open Banking impacta e cria oportunidades para a sua empresa!

O que é Open Banking?

O conceito tem um princípio simples: abrir a gama de opções para o consumidor final, permitindo assim uma maior liberdade para migrar as suas informações financeiras para onde quiser.

O princípio que norteia o Open Banking, como dito acima, é entregar ao consumidor a propriedade dos seus dados, anteriormente fechados sob posse dos bancos.

Com o sistema será permitido que empresas e serviços acessem os dados dos clientes, com autorização do mesmo. Ou seja, os dados bancários pertencem somente aos clientes e não às instituições, sendo possível movimentar suas contas a partir de diferentes plataformas, não só por aplicativos ou internet banking.

De acordo com uma pesquisa realizada, pela PwC, era esperado que em 2022 o Open Banking crie oportunidades de receita de pelo menos 7,2 bilhões de Euros.

No Brasil, a implantação do Open Banking se deu no primeiro semestre de 2019, com o Banco Central informando as diretrizes em que as empresas devem se guiar junto ao movimento. 

Segundo o BC, o modelo nacional de Open Banking deve ser efetivamente implementado de fato no segundo semestre de 2020. A principal referência brasileira vem do modelo britânico, principalmente pelas características similares do mercado bancário.

Conforme estudo realizado pelo programa de startups da BTG Pactual, o investimento em fintechs no Brasil cresceu mais de sete vezes entre os anos de 2016 e 2018, aumentando de R$203 milhões para R$1,5 bilhões. Empresas como Quinto Andar, Nubank, Gympass e Loggi fazem parte dessas startups. Mas afinal, o que o open banking tem a ver com esse crescimento avassalador?

Conceito de Open Banking

O conceito fundamental do Open Banking é que todo o mercado das instituições financeiras adote uma padronização para a sua tecnologia, facilitando assim a comunicação de dados entre elas.

Pensando no conceito pela óptica do usuário é a oportunidade de se liberar o acesso para que qualquer empresa acesse seus dados de transações realizados em uma instituição financeira, abrindo a possibilidade de expansão de novos serviços.

Com o Open Banking esses dados passam a ser de propriedade do usuário e não das instituições financeiras, trazendo flexibilidade e transparência para o consumidor final.

Open Banking e API

A API é uma tecnologia facilitadora, em que permite a integração de diferentes sistemas entre si. As APIs funcionam como uma interface para falar com outros sistemas, permitindo que sistemas diferentes interajam entre si. Facilitando os processos, as APIs tem o intuito de democratizar o mercado financeiro.

Existem duas etapas que os bancos e instituições financeiras podem percorrer para tornar o Open Banking um grande negócio.

Primeiro, desenvolver uma API eficaz, em termos de funcionalidades, estando à frente dos principais concorrentes.

Posteriormente, é necessário ofertar as melhores experiências digitais para o consumidor, com interfaces intuitivas e ágeis, tornando assim possível a atração de novos consumidores, a partir de ofertas criadas pela abertura de novas informações disponibilizadas pelos dados dos usuários.

Principais Vantagens do Open Banking

Como já escrito aqui neste mesmo texto, o Open Banknig trará vantagens e oportunidades no mercado.

Fortalecendo o processo de inovação dos bancos, o Open Banking, dará aos clientes o poder de gerir seus próprios dados, permitindo assim que as instituições financeiras foquem em seus serviços principais.

Com a mudança do cenário onde os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições, as pessoas irão movimentar suas contas.

Ou seja, a experiência do usuário irá melhorar, sendo que os produtos financeiros dos bancos podem ser fornecidos em diversas plataformas, abrindo assim um leque de opções que o usuário pode escolher.

Com o acirramento da concorrência entre as instituições financeiras, há uma tendência de melhoria na oferta de serviços. Com o compartilhamento de dados e informações, os bancos poderão ter melhores insights para o desenvolvimento de soluções.

Além disso os custos irão diminuir: com as APIs abertas, os sistemas estarão mais integrados, tornando os processos mais rápidos e baratos.

Oportunidades criadas pelo Open Banking

Como já dito ao decorrer deste texto, o Open Banking traz diversas oportunidades de negócios. Se espera muito que o Open Banking abra um leque de novas brechas no mercado.

De primeira instância, a expectativa é que muitas das oportunidades serão geradas por players menores, como fintechs, enquanto os bancos irão precisar se inovar, modificando processos e se adaptando à novas realidades.

Algumas dessas oportunidade vem para a geração de receitas, exemplo disso são os modelos pay for use, com assinaturas ou custos para a utilização de determinados serviços.

Visando uma maior geração de receitas é possível conquistar um maior market share, adquirindo e retendo mais clientes, ofertando produtos personalizados, entendendo cada vez mais as necessidades dos consumidores.

Existe uma diferença entre as oportunidades dos grandes bancos e os players menores; para os bancos existe uma grande oportunidade de ocupar fatias maiores no mercado, entendendo melhor o seu público através dos dados. Para os players menores, será possível ter ações mais assertivas, baseadas no comportamento do consumidor.

Experiência do usuário

A geração dos Millennials chegaram à idade adulta e junto com eles veio o aumento das ofertas de serviços.

Estes serviços não foram feitos diretamente para eles, mas oferecem uma pluralidade de opções dentro da plataforma, vide exemplo Netflix e Spotify. Apaixonando não somente os Millennials, se propagando para todas as gerações.

O Open Banking criará uma disrupção no setor financeiro, criando uma situação similar para o usuário. Os produtos ofertados pelos bancos podem ser produzidos em diversas plataformas, podendo ser especializadas em um único tipo de produto, como seguros, assim o usuário amplia o seu leque de escolhas.

Com a aprovação do Open Banking, a esperança é de que se possa flutuar entre diferentes serviços, com os usuários escolhendo a instituição financeira que melhor lhe satisfaça, aumentando a concorrência e melhorando a qualidade dos produtos e atendimento.

Desafios do Open Banking

Mesmo sendo um movimento que gera uma expectativa otimista no cenário nacional por todos os impactos que podem gerar no mercado, os desafios são tão grandes quanto a expectativa.

O primeiro grande desafio parte da questão cultural de todos os players do mercado, sendo eles, instituições financeiras. bancos, usuários e até mesmo o Banco Central, como órgão regulamentador.

Uma outra incerteza que cerca o movimento é de que o Open Banking só funciona caso os consumidores confiem no processo do mesmo. Portanto, inicialmente é possível que o processo não seja tão rápido.

A proteção dos dados e a segurança da informação também são fatores desafiadores, são questões fundamentais e que devem ser implantadas com cuidado. Na segurança dos dados, o blockchain irá trazer transparência nos processos.

Mesmo com inúmeros desafios a regulação e as tecnologias no cenário nacional vem avançando e evoluindo para o sucesso do Open Banking.

Bank as a Service

Os softwares mudaram os serviços, até na nossa forma de pedirmos um jantar e nas transações online não é diferente. O banking as a service é um serviço personalizado de acordo com os hábitos dos consumidores e acessível de qualquer dispositivo.

Diferente de um banco convencional, em que os pacotes já estão fechados, no Banking as a Service (BaaS) os serviços são feitos sob demanda, personalizando os produtos e serviços de acordo com as preferências do consumidor.

Na prática o que muda?

O Open Banking vem para impactar todas as esferas do mercado financeiro, pois além de ser mais seguro com a utilização da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), traz ao usuário a flexibilidade de realizar transações do seu banco, porém fora do seu internet banking.

E não são apenas as transações, mas também todas as informações do seu histórico financeiro com uma instituição que poderão ser migrados para outras instituições, quebrando assim todo o processo burocrático que acontece quando precisamos mudar de banco.

Com o Open Banking poderemos realizar um pedido de crédito em uma instituição bancária, mostrando nosso histórico bancário de outra instituição.

Quais serão as vantagens para a sua empresa?

Citamos algumas vantagens da transparência e flexibilidade do open banking para os usuários mas e para as empresas, quais serão esses benefícios?

Custo reduzido: o funcionamento do Open Banking é através de APIs abertas, nas quais as empresas poderão integrar seus sistemas, reduzindo seus intermediários e assim abaixando seus custos.

Aumento da competição: com a criação acelerada de novos produtos e serviços por parte das empresas, os consumidores terão mais opções e interesse por empresas engajadas em produtos que proporcionam essa flexibilidade a eles.

Maior segurança nas transações: através da regulamentação que está sendo discutida pelo Banco Central, mas ainda sem data de aprovação, o open banking pretende trazer autonomias ao cliente final, porém mantendo um ambiente seguro entre as instituições financeiras.

Primeira fase do Open Banking

A primeira fase do Open Banking teve início em Fevereiro/2021 e teve como pretensão a disponibilização padronizada das informações financeiras ao público.

Sendo assim, os bancos apresentaram seus canais de atendimento e os serviços oferecidos para que o público já conseguisse realizar uma comparação prévia, mas nenhum dado de correntista foi compartilhado.

Segunda fase do Open Banking

A segunda fase do Open Banking foi lançada em Agosto/2021 e tem como principal objetivo começar o compartilhamento de informações do histórico dos correntistas.

Nesta fase, o público que permitiu esse compartilhamento de informações começou a receber propostas customizadas das instituições financeiras.

O principal desafio desta etapa era popular o conceito do Open banking para o público brasileiro, desta forma, algumas alterações tiveram que acontecer.

A principal delas foi a alteração do nome e a partir desta fase, o conceito começou a ser chamado de Open Finance!

Terceira fase do Open Banking

A terceira fase teve início em Outubro/2021 e foi o marco do encontro do Open Finance com o PIX, o meio de pagamento brasileiro que foi lançado em Novembro de 2020.

Com a junção dessas duas novidades no mercado financeiro possibilitou que as empresas iniciassem o ITP (Iniciador de Transações de Pagamento) e assim possibilitasse que softwares também trabalhassem como um iniciador de pagamentos dentro dos próprios aplicativos, para que o consumidor final não precise migrar até o seu internet banking para realizar pagamentos.

Quarta fase do Open Banking

A quarta fase teve início em Dezembro/2021 e foi dividida em duas partes.

A primeira parte foi dedicada a certificação sobre qualidade e aderência de todas as instituições participantes do Open Finance.

Já a segunda parte, implementada em Maio/2022 tinha como sua proposta expandir os dados compartilhados para outros serviços financeiros, como o câmbio, seguros e investimentos. Além dos serviços, também foi possível compartilhar não só com instituições bancárias, mas com instituições financeiras num geral, incluindo cooperativas.

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